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Girl Talk: A evolução das bonecas

Por em janeiro 29, 2016

Essa semana o facebook vibrou com a notícia de que, após mais de 50 anos no mercado, a Barbie finalmente decidiu aumentar a diversidade estética de sua linha de bonecas. A mais nova coleção Fashionistas consta com três tipos de corpos inéditos (‘baixa’, 'alta’ e 'com curvas’), além de diversos tons de pele, etnias, cores de olhos, formatos de rostos, cores e tipos de cabelo. Essa é a #BarbieEvolution, e representa uma grande vitória para todas as meninas ao redor do mundo na batalha contra a padronização da beleza e a favor da representatividade. :)


Algumas das bonecas já estão à venda no site oficial, enquanto outras ainda estão listadas como “pre-order” ou “coming soon”. Os preços também são amigos – U$9.99 por uma boneca e U$19.99 por uma boneca com duas trocas de roupa (mas nós bem sabemos que a história aqui no Bra$il vai ser diferente). Só sei que estou de olho nessa curvy de cabelo azul, sinto que ela representa meu eu-interior.

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A questão da representatividade nas mídias, principalmente nos brinquedos, tem estado bastante em pauta nos últimos anos. Felizmente, a Barbie não foi a única a evoluir e se adaptar à demanda do público cada vez mais bem-informado e exigente; várias outras empresas e empreendedores já vinham se dedicando a criar um universo infantil mais abrangente e diversificado, no qual todas as crianças possam se sentir aceitas e aprender a aceitar uns aos outros. Continue lendo o post para conferir mais brinquedos inovadores!
Ontem, a Lego anunciou em uma feira de brinquedos na Alemanha seu primeiro bonequinho usuário de cadeira de rodas, após 84 anos no mercado. A empresa foi inspirada pela campanha #ToyLikeMe, liderada pela britânica Rebecca Atkinson, que busca uma maior representatividade para crianças com deficiência nos brinquedos. O boneco em questão estará incluso no set Fun in the Park, da coleção City, e deverá custar por volta de U$40. (Fontes: The Next Web e Blue Bus)

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As crianças portadoras de deficiência também foram muito bem representadas pela marca britânica Makies, que, também instigada pela campanha #ToyLikeMe, lançou uma linha de bonecas acompanhadas de bengalas, marcas de nascença, aparelhos auditivos e óculos para que todas as crianças pudessem se sentir especiais. A marca permite personalizar a cor da pele, o cabelo, os olhos e as roupas da bonequinha, que custa por volta de U$75. (Fontes: O Globo e Promo View)

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Em 2014 foi lançada a boneca Lammily, pelo designer Nickolay Lamm, que fez diversos estudos sobre imagem corporal e percebeu uma demanda no mercado por uma 'boneca realista’ com sua campanha #AverageIsBeautiful. Além de ter uma figura menos esquelética do que as concorrentes, ela vem com uma cartela de adesivos contendo estrias, celulites, sardas, tatuagens, cicatrizes e espinhas para você personalizar a sua boneca do jeitinho que quiser. Ela possui roupas inspiradas em diferentes países e mostra um menino em suas imagens e vídeos promocionais (como esse aqui), e por U$25 ela logo se tornou a queridinha dos pais modernos. (Fonte: Geekiss)

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Contra os estereótipos de gênero propagados pela nossa sociedade patriarcal, vieram as bonecas do Projeto Mc², que abandonaram as aulas de balé e os dias de princesa para seguirem profissões nas áreas da ciência, matemática, engenharia e tecnologia, provando que garotas podem ser divertidas, estilosas e, acima de tudo, inteligentes – Smart is the new cool! O lançamento dessa linha de bonecas pela empresa MGA Entertainment foi comemorado com uma festa no Museu da Ciência de Londres. A Netflix lançou uma minissérie inspirada nas personagens contendo três episódios nos quais as quatro garotas – todas com nomes inspirados por elementos da tabela periódica – vivem aventuras como agentes secretas graças aos seus talentos científicos, e há, inclusive, previsão de um filme! Os kits das bonecas, que custam por volta de U$26, vêm com pequenas experiências científicas para as crianças (como construir um colar fluorescente ou um vulcão!) e prometem ser muito divertidos. (Fontes: Ciência Hoje e O Globo)

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Conheçam Camryn Coyle (C2), McKeyla McAlister (Mc2), Adrienne Attoms (A2) e Bryden Bandweth (B2).


Trailer da série original Netflix.
Outra marca que vem lutando contra os estereótipos de gênero é a DC Comics, que recentemente lançou a linha de produtos voltados para o público infanto-juvenil DC Super Hero Girls, com algumas de suas personagens mais famosas como a Mulher Maravilha e a Harley Quinn em uma versão mais adolescente. Juntamente com a Mattel, eles lançaram bonecas super legais para as meninas que estão mais preocupadas em salvar o mundo do que em encontrar um príncipe encantado. ;) (Fontes: Garotas Geeks e Actions e Comics)

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É muito bom ver que o mundo do marketing e a indústria de brinquedos está mudando e crescendo, e que um futuro mais encorajador começa a se formar para as crianças de hoje. Se você gostou do assunto do post, veja também essas bonecas super sexualizadas se transformarem em meninas comuns e mulheres inspiradoras pelas mãos de dois artistas talentosos, aqui e aqui. Agora, é só torcer para a Disney entrar na onda do #feminismo e passar a incluir personagens femininas nos produtos “para meninos” – pois, afinal, princesas podem lutar também!
Para terminar, um informativo ursotópico. A verdade é que eu venho recolhendo material para esse post há muitos meses, mas como o blog estava abandonado, eu acabei que nem postei nada, estava prestes a desistir mesmo. Com a notícia da Barbie acabei me animando um pouco e decidi voltar, mas não sei como vão ser as coisas daqui pra frente. Não vou deletar o blog, mas sei que não vou me “obrigar” a manter ele sempre atualizado, com visitas, etc. Quem quiser ver, que veja. Estarei escrevendo por mim mesma daqui em diante, sem facebook e sem paranauê de blog moderninho – estou voltando às raízes. Até a próxima :)

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